Caminhávamos na areia. A lua banhava-nos com sua luz brilhante. Seu reflexo na água se distorcia e vibrava com o leve balançar do mar. O ar estava úmido e morno.
A noite mostrava sua sensualidade a cada detalhe.
Aproximamos-nos da imensidão e ao tocar meus pés, sua temperatura fria me estremeceu. Ele segurou minha mão.
Avançamos aos poucos... A sensação era muito agradável.
A pele ia se acostumando com o contato da água.
Uma onda mais forte e a barra do meu vestido se molhou...
O tecido aderiu ao meu corpo, envolvendo as minhas coxas.
Contra a luz via-se a transparência. Gostou de ver e jogou mais água.
Ao atingir à altura dos seios, quase mais nada encobria o tecido molhado.
Me beijou intensamente.
Entre o mar e a areia nos deixamos cair.
Ergueu minha roupa e me apertou com força.
Rolamos um sobre o outro para decidir quem dominaria.
Tirei sua camisa com dificuldade - já estava grudada em seu corpo...
A mistura de areia com a pele molhada se tornou para nós, naquele momento, um estimulante.
Nossas peles reluziam a noite clara.
Me despiu por inteira e me deitou na lama de areia, deixando-me misturar ao tom pastel.
Penetrou-me em um único movimento.
Delirei de prazer!
Junto a nossos movimentos, as águas recuavam e avançavam em uma cômoda sincronia.
Sentia seu peito molhado deslizar sobre o meu.
Nossos corpos se fundiram se tornando único.
Ouvimos vozes ao longe... Rapidamente nos desgrudamos e adentramos na água mais funda.
Aguardamos o grupo passar pela areia em silêncio, como se estivéssemos apenas dando um mergulho noturno.
Quando nos vimos a sós novamente, ele me puxou brutamente e me enganchou em sua cintura. Enquanto eu tentava segurar nossas roupas para o mar não levá-las ele se movimentava com cada vez mais intensidade.
Meu vestido escapou! Ok – aventuras e fantasias à parte, mas voltar nua pra casa não teria condições alguma... Me afastei desesperadamente dele, enquanto ele me puxava de volta...
Gritei então: - Meu vestido!!
Ele me deixou ir... Nadei até a beirada, onde as pequenas ondas tentavam engolir a roupa.
Resgatei!!! Completamente nua, com uma calcinha e uma cueca em uma mão, me senti aliviada em ter o vestido de volta na outra.
Ele vestira sua bermuda e vinha em minha direção, cheio de risos pela situação...
Quando eu tentava me vestir, exausta, toda molhada e com alguma areia no corpo, acreditando que nossa tentativa de “noite perfeita e poética de romance” tinha realmente encerrado, ele mais uma vez demonstra seu desejo abundante presente naquele momento e com aquele lugar.
Me pegou no colo e me levou para umas pedras que estavam mais adiante... Eu estava preocupada de aparecer mais alguém... Dessa vez não tinha mais a água pra se esconder...
Ficava olhando o tempo todo para os lados... Até que chegando ao destino, ele me olhou profundamente e me beijou... Aquele beijo... vocês sabem... que nos faz esquecer de tudo o resto e se concentrar apenas nele... parando o tempo, parando o vagar de pensamentos...
Me pousou delicadamente na areia e forrou uma das pedras com sua camiseta. Pediu pra eu me deitar. Obedeci.
Estávamos em uma espécie de gruta, protegida por outras pedras da visão de curiosos. Fiquei mais tranqüila e relaxei.
Ele abriu minhas pernas vagarosamente e começou a beijar minhas coxas. Dizia que eu estava temperada do mar, que estava uma delícia...
Aproximando-se do meu centro de desejo, beijou meus grandes lábios e inseriu sua língua em minha vagina... A sensação de vários “molhados” se misturando me fazia sentir cada líquido... o frio da água do mar entrou em choque com o quente de sua língua, que por sua vez se misturava com úmido morno de meu sexo.. e eu sentia cada toque, cada “choque”. Com a ponta da língua começou a tocar meu clitóris...
Eu puxava seus cabelos, arranhava suas costas.... ao mesmo tempo que queria que continuasse, também queria chupá-lo... Queria-o dentro de mim, tudo de uma vez... o desejo chegava a um ponto extremo de delírio.
Movimentava em círculos sua língua macia, e ao mesmo tempo enrijecida... Ele olhava meu rosto entre minhas pernas... Gostava de ver minhas expressões de prazer. Estava adorando me ter assim, sem reação, entregue a tudo.
Logo não agüentei mais... Contorcia-me de deleite... os tremores deixavam minhas pernas bambas... meu gozo viscoso se misturou àquela receita, me deixando completamente encharcada.
Antes que meus batimentos cardíacos voltassem ao normal seu pênis me invadiu novamente. Eu ainda sentia os efeitos do orgasmo, e aquela seqüência fez com que a sensação ficasse contínua... Estava muito sensível... e muito, muito excitada....
Entrelacei minhas pernas em torno de seu tronco e quase sem agüentar mais tamanho prazer, lágrimas escorreram... Neste instante ele soltou um urro grave, indicando ter gozado. Os múltiplos orgasmos ainda caminhavam sob minha pele.
Meus olhos não paravam de marejar... Meu corpo continuava estremecido...
As contrações iam se acalmando... Já conseguia respirar com calma, meu coração desacelerava...
Deitou-se ao meu lado... E ficamos nos olhando sob aquele luar divino.
Nos vestimos antes que adormecêssemos sem notar...
E ali ficamos, admirando a paisagem e tentando congelar em nossa memória um pouco da sensação daquele momento magnífico... Que pode não ter sido uma cena de filme com tudo lindo e perfeito, mas o sentimento e o prazer reais valeram muito mais do que aquela noite poderia imaginar nos prometer.
Por Artemísia
Poxa... que sensação divina...mar,lua,sexo,prazer,amor...tudo misturado! será que foi verídico!!!!?kkkkkk!!
ResponderExcluirPapoula vermelha
MENINA!! Arrasou!
ResponderExcluirO amor e o prazer misturados com pitadas de poesia com sal do mar..da uma receita perfeita!
Parabens pela harmonia das palavras e sensações!!!!
hum sei lá só se que foi bom o negoço ein!!
ResponderExcluirmuito bom!