sexta-feira, 21 de maio de 2010

{Lugares} Cantinho


- Me levou pra um cantinho e disse morde/Quando dei por mim pensei que sorte/Disse tudo bem, tudo é natural/Olhou nos meus olhos...rsrsrs... é melhor parar aqui e falar outras coisas, deixa Ana Carolina quieta.
Então... Tudo aconteceu numa noite de festa, entre danças, brincadeiras e joguinhos de sedução voltávamos para nosso recinto. Os olhares denunciavam toda a vontade que era exalada. Os milhões de beijos dados durante todo dia, toda noite ainda não estavam sendo o suficiente para suprir toda vontade de possesão um do outro. Lugar! Onde? Pessoas para fugir? Muitas! Centenas! Cada vez mais a vontade crescia e as indiretas com os olhares também!
Na hora da despedida o sono foi totalmente substituído por um tsunami de desejo voraz. Ele disse: - Descobri um lugar legal. Eu falei: Onde? Como resposta deixei-o me levar. Um cantinho, micro, que dava uma boa ilusão de ótica para quem passava dezenas de vezes pela sua frente. Cantinho, lugarzinho, espaço pequeno, ambiente micro, o tamanho não importava. Só sei que 1.5 m² foram o suficiente para deixar boas marcas de lembranças de todo teor de desejo aspirado daquele “cantinho”. Um mini corredor, ao lado de uma porta, que se localizava do lado de uma escada, este enfim era o lugar que nunca no mundo poderia ter ouvidos ou boca pra contar qualquer coisa. Porém, ele tinha e muitos ouvidos, olhos e boca.
Encostou-me na parede com toda força e disse morde! Puxava a minha nuca com toda força e dizia lambe! As paredes seguravam toda nossa força, mas a voz queria ultrapassar qualquer tijolo que estivesse sendo amassado pelos nossos corpos. Os beijos eram enlouquecidos, as mãos especulavam todo o corpo. De repente senti um dos maiores prazeres daquele momento. Sua boca no meu pescoço, sua mão puxando meu cabelo, seu pênis roçando no meu clitóris e sua outra mão invadindo todo meu sexo com os dedos penetrando. Era prazer em todos os sentidos! O que fazer? Nada! Ou melhor, Tudo! Agarrava-o com toda força brutal, o arranhava, puxava seus cabelos e isso o excitava mais. Além da boca, da língua, tinha os pedidos de ludibriação, de saber se eu queria mais. Tesão? Todo que existir! Eu o empurrava na outra parede que não ficava muito distante, rodávamos e mais uma vez nos enganchávamos dando todos os sussurros possíveis de prazer. Vozes na escada. Pessoas subindo. A adrenalina era a excitação daquele momento. Os rumores das outras pessoas nos estigava mais. Aliás, nada importava a não ser o momento vivido. Numa fração de segundo, ouvimos um grunido de susto! E de repente alguém falou: - Tem um casal se pegando aqui! Por algum motivo, o cantinho que enganava todo mundo serviu de curiosidade para alguém e quando esta pessoa foi averiguar o dito lugar se surpreendeu com o que viu. Paramos? Lógico que não! Apenas falamos: - Alguem nos viu! Deixa pra lá, deve estar com vontade de fazer a mesma coisa que nós.
Nossa! Nem sequer abrimos os olhos pra ver quem foi. Rimos e nos beijamos outra vez! Após todo ato de êxtase havia o desafio de sair do “cantinho” sem que as outras pessoas percebessem. Não tínhamos muito o que fazer. Nos arrumamos, ajeitamos nossos óculos, demos um passo para o lado e saímos, como se nada tivesse acontecido de estranho ou perturbador.
Após isso o “cantinho” foi até recomendado e aprovado (apenas para os íntimos,kkkk)! Tornou-se o causador de adrenalina e loucuras de desejos querendo ser saciados.

Papoula Vermelha.

3 comentários:

  1. Eita cantinho do mal!!!!!!!!!!
    O texto como sempre ficou muito bom e leve de ser lido.
    Essa Papoula agora Vermalha arrasa

    Jasmim

    ResponderExcluir
  2. Eitchaa cantinho!!! Onde fica mesmo??

    ResponderExcluir
  3. Foi indicado e aprovado! =p
    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    Adorei! ô se adorei. o texto, claro!

    Beijos

    ResponderExcluir