quarta-feira, 5 de maio de 2010

(conto do oposto) Sobe? ou desce?



Claustrofobia de acordo com o "salve salve" Wikipédia se conceitua como a aversão a confinamentos ou a lugares fechados, onde pessoas com essa fobia costumam evitar lugares como trens, aviões e elevadores.

Passado o lindo conceito desse mal que possuo, fico me interrogando porque na droga do Wikipédia também nã
o tem como fazer com que uma pessoa que mora no vigésimo andar de edifício possa evitar esse último (elevador).

Ah, desculpem -me, esqueci de me apresentar, me chamo Vicky tenho 31 anos e trabalho como Diretora de gerenciamento de uma grande multinacional. Moro com meu gato Yves e fora sua maravilhosa presença ,juntamente com seus pêlos que pairam no ar do meu apartamento, não possuo outras compainhas na minha vida.

Estou sempre sozinha, ocupada em reuniões e quando tenho tempo durmo e visito meus pais. Nunca tive muita sorte com namorados, minha vida corrida também nunca contribuía muito, mas isso também nunca chegou a me preocupar.

Sempre fui baladeira, saía com as amigas e no fim da noite nunca faltava uma boa boca pra beijar. Ultimamente é que tudo estava parado e um pouco monótono. Querendo fugir disso marquei com as meninas de sairmos para uma boa balada na sexta a noite.

Entre o tubinho preto, uma sai
a tulipa e um jeans descolado alguns minutos foram desperdiçados pra finalmente a saia tulipa sair como a grande vencedora desse embate.
A produção da noite foi, saia tulipa preta, camiseta branca, Ankle boots, maquiagem pesada e uma boa vontade de beijar.

E lá fomos para a noite que seria a mais quente da minha vida.

Chegamos a festa, a boate estava lotada depois de um tempo a Dany conseguiu nos encontrar. A trupe estava reunida eu a Dany, a Patrícia e não podia faltar a Lucy. Quatro amigas completamente malucas e com a missão de tornar a noite divertida. Não seria difícil com a presença das meninas, logo partimos para o ataque, a bebida escolhida da noite foi a tequila, na quarta dose estávamos dançando na pista e mirando os gatinhos da noite.

Eu estava topando tudo, um gatinho sarado chegou e começou a dançar coladinho a mim. Nossos corpos se envolveram, as bocas e
se aproximaram e o beijo rolou.

Não foi um beijo foi "O beijo", o PIOR beijo que já tive na vida, o cara era perfeito,lindo, cheiroso, bem vestido, tinha um cabelo macio e uns lábios maravilhosos mas não sei como alguém consegue se sabotar daquela forma. Quase dei um pulo e saí correndo, não podia ser, como algo tão fácil deu tão errado?

Como a noite não era exclusiva para tragédias, parti pra outra tomei um bom Sex on the beach, pra inspirar a noite e deixar um doce na boca. Logo a minha esquerda um loiro se aproximou, olhou para mim, segurou minha nuca, se aproximou do meu ouvido e sussurou " E aí gata, que tal provar do garanhão aqui?"


Ahhhhhhhhhhhhhhh!

É foi exatamente isso que fiz, dei um sonoro grito de repúdio por aquela cantada barata e segui minha noite. A próxima bebida só podia ser uma boa caipirinha pra ver se tudo terminava em samba e não em pizza. Engano meu a minha frente percebo as meninas acenando, era a Lucy que tinha passado mal e precisava ir embora.

Como a Lucy havia vindo no carro da Patrícia as duas precisaram ir embora enquanto a sortuda da Dany beijava um moreno lindo de olhos verdes.

Puta da vida fui para casa, peguei um táxi e por volta das 3 e meia cheguei no meu condomínio. Entrei no hall do prédio e enquanto esperava o elevador, pensei que droga de noite, tudo deu errado naquele momento só queria dormir e tirar aqueles sapatos que me matavam, ai meu Deus tanta produção?!


Cadê a noite quente?

O que vocês caras leitoras não esperavam, nem eu, é que ao meu lado esperando também o elevador, surge uma policial linda, fardada, com cabelos compridos e um perfume estonteante.

O elevador chega e nós duas entramos, eu aperto o vigésimo botão, ela o vigésimo segundo. Sempre a via pelo condomínio, ela sempre séria porém nunca desagradável. Me deu boa noite eu retribuí, o elevador começa a subir, de repente ouvi um grande ruído e o elevador para.

Vou abrir um parentêse para essa minha grande fobia, sempre que entro em um elevador elaborei uma técnica que sempre me deixav
a mais tranquila apertava meus dedos dos pés e prendia a respiração, pois sabia que assim como o folêgo teria que voltar o meu andar também chegaria. Isso nunca havia acontecido comigo, de repente naquele elevador fiquei histérica, a respiração ficou ofegante e como os drinks da noite não foram poucos o álcool subiu instantaneamente.

Comecei a me tremer, a policial ao meu lado tocou meu braço, eu estava quente do álcool e apenas soltei um suspiro de nervosismo. Já havíamos apertado o botão da emergência, mas nada parecia mudar então o elevador dá uma súbita e curta descida e desesperada eu abraço a policial.

Não sei como fui parar ali, mas de repente eu estava em seus braços segurando seus cabelos e antes que eu dissesse qualquer coisa senti o cheiro que vinha daquele corpo e olhei em seus olhos e não sabia o que dizer.


Apenas senti uma mão circundando minha cintura e me apertando contra aquele outro corpo, a mão dela estava na minha cintura e me apertava marcando aquela cintura já marcada pela saia. Não sei como, nem em quanto tempo aconteceu só sei que nossas bocas se aproximaram, se tocaram e em alguns segundos se lambiam.



Olhei para o seu colo, era farto e subitamente abri aquele fardamento com sede de beber aqueles seios. Ela suspirou e senti suas mãos levantarem minha saia e penetrarem minha molhada vagina que agradeceu aquele toque. A luz do elevador apagou-se e como que para compensar aquela fobia abri sua calça e a toquei com meus dedos. Eu estava tonta da bebida, a lógica de tudo se jogou naquele foço de elevador e a minha única urgência era de sexo.


Ficamos parcialmente nuas, se tocando, se penetrando fugindo daquele risco que aquele momento proporcionava, estávamos ali, sozinhas, em uma situação gravíssima porém o desejo era maior apenas nos lambíamos e gemíamos empolvorosas com aquele sexo inusitado.

Ela me segurou pelo quadril e me proporcionou o melhor sexo oral que já conheci, o silêncio e a penumbra só deixava tudo mais envolvente.

Fomos retiradas por volta das cinco e quarenta e durante esse intervalo de tempo experimentei o primeiro e mais satisfatório contato homossexual que um dia pude imaginar.

Sobre minha fobia? Acho que não há terapia melhor que sexo para curá-la, mas não sei se a euforia que sinto ao entrar no elevador é a vontade de repetir tudo que aconteceu ou pura fobia.

O nome dela? que diferença faz, prefiro lembrar e imaginar aquele mix de prazer sempre que avisto uma policial passando por perto.

Se virei lésbica? Vai saber! Só sei que sempre que precisar de uma boa noite de orgasmos vou pensar na opção de me curar através das minhas novas experiências.

Por Mandrágora

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