sexta-feira, 23 de abril de 2010

[contoseroticos] Com jeito de Artista


Impressionantemente, admiro cada vez mais a forma como as coisas acontecem casualmente e naturalmente na minha vida. Não sei! Mas, acho que os ferormônios me ajudam bastante e, eu adoro quando eles estão na flor da minha pele.


Saio como faço em qualquer outra noite e ultimamente tenho tratado toda noite como qualquer uma, que seja escura, fria e com desejos guardados. Porém, não esperava em uma destas noites encontrar um “desconhecido” e aspirado desejo na minha frente. Olhei-o com certa especulação e de uma distancia de 2 metros deu para sentir o seu cheiro de homem penetrando minhas narinas e arrepiando os meus sentidos de mulher.


Após essa ludibriação de libido. Continuei meu caminho para a casa de um amigo, onde iria fazer um nu artístico a um bando de artistas que gostam de esculpir o corpo e curvas de uma mulher em seus plenos 21 anos de gozação de vida.


Casualmente e naturalmente são os pontos fortes da minha vida como já falei. (Risos irônicos), quando entro na sala do meu “emprego extra”, encontro logo de cara a minha ludibriação que eu havia batido há momentos antes. Encarei-o com certa rispidez, até sexual e comecei a perceber que também estava reparando em mim. Não imaginava que também fosse um artista, um sedutor, um amante. Tudo que eu estava querendo provar naquele momento. Tirei meu sobretudo e me despi completamente perante suas vistas e dos outros artistas que nem percebi dentro daquela saleta. Posicionei-me bem na sua frente, não tirava os olhos dos seus e dos movimentos que o seu lápis fazia imitando o meu corpo.


Como uma mágica, uma fascinação daquele momento que se encontrava parado no tempo, nos vimos sozinhos dentro daquela sala tão pequena e cheia de telas, tintas, pincéis e desejos ardentes escondidos em cada desenho. Ele veio naturalmente se aproximando. A cada passo eu analisava cada célula do seu corpo forte, esguio e olhos penetrantes. Roupa já não havia mais em mim, apenas as suas mãos grandes querendo cobrir todo o meu corpo, esconder-me dos outros desenhos que nos assistiam de forma vívida e altiva.


Não pensei em mais nada, além de querer possuí-lo dentro de mim em um momento estático e enfeitiçado. Como um vendaval tirei sua roupa e encostei-me inteiramente por trás do seu corpo. Queria sentir seu coração procurando a batida do meu. O beijava e o assediava com toda força da minha língua por todo o seu corpo, por todo o seu peito, sua barriga e seu pênis que cada vez mais o queria dentro de mim. E de forma única ele vinha como um fogo tomando meu corpo e possuindo minha alma lúcida. Suas mãos e beijos me enlouqueciam como em nenhum momento havia sentido tanta loucura. Beijava meus seios, com uma língua avassaladora e tocava no meu clitóris, penetrando o dedo de forma invasiva e deliciosa, me fazendo gozar duas, três vezes seguidas. Sua mão ainda não desistia e por trás de mim ele fazia loucuras e falava palavras que me estigavam querer mais, até o momento que não houvesse mais desejo em meu corpo.


Em cima de uma prancheta ele me apoiou sentada, sem deixar de beijar-me e provar todo o meu sabor. Penetrou de forma calórica, com movimentos bruscos, rápidos, circulares, retos, gritando e gemendo no meu pescoço, gozando dentro de mim e cada vez mais, querendo mais, muito mais, muito mais...


Eu já estava jogada no jardim do prazer de forma gratuita e sem especulações. De repente ele para, ainda dentro de mim, com orgasmos pequenos e duplos, nós vamos terminando o nosso ato de entrega feroz e desejável sem explicações. Sua boca ainda perseguia todo o meu rosto, seus braços o meu corpo e sua alma a minha.


Num piscar de olhos, me deparei com a sala cheia, não apenas de telas, mas de artistas investigando o meu corpo. Foi quando dei por mim que tudo não passou apenas de um ato fora da realidade. A sessão durou em torno de 2 horas, me vesti, o olhei mais uma vez. Pois, não sei se durante duas horas eu o olhava ou o degustava de forma irreal.


Meu amigo agradeceu a minha presença e fui embora, sem saber até onde vai o grau de realidade entre dois seres humanos. Chego em casa e meu telefone toca. (Risos irônicos), era uma mensagem dele, chamando-me para sair. Tinha pegado meu telefone com meu amigo.


Papoula Vermelha...

4 comentários:

  1. Ai ai ai...

    Senti daqui o desejo po!
    Parabéns pela soltura.. ADORO!

    Eu fiquei com vontade de um artista. kkkkkkkk

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  2. Minha Papoula, criativa como sempre!
    Empolgante!

    Mandrágora

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  3. Menina e da-le Papoula nele...
    Se esse chá ta fazendo essa inversão de real com o imaginario... Eu tbm quero tomar um pouco! kkkk

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  4. Muito criativo mesmo!
    Eu jamais esperaria esse desfecho

    Me surpreendi. Tá ótimo o texto.

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