terça-feira, 13 de abril de 2010

Primeiras Vezes

Ele e ela eram adolescentes - fase dos sentidos, das descobertas, dos hormônios à flor da pele que deixam confusos os sentimentos e as emoções... mas deixam certos os desejos incontroláveis.
Durante o namoro tudo aconteceu naturalmente, todas as etapas foram vividas, não porque alguém disse que tinha que ser daquela forma, mas porque eles simplesmente sabiam a hora certa de recuar ou de avançar.
Foi a primeira vez que ela foi tocada por um homem,
ou diria menino...E foi também a primeira vez que alguém o tocava.
Primeiras mãos... nas pernas, nas coxas, subindo... ; Primeiras carícias... nos seios... Ah, os beijos! ... se espalhavam por todo o corpo.
Cada novo dia era uma peça de roupa diferente que ia ao chão desesperadamente.
Ela, talvez devido à repressão ao sexo feminino, nunca havia se despertado para si, sua existência material, seu corpo... mas a curiosidade chegava cada vez mais possuidora, até o dia q a colocou na parede... ela se deixou levar ... se explorou.
Ao mesmo tempo em que tomava conhecimento intenso de seu sexo, ela percebia o corpo oposto... Cada pedacinho, parte por parte, a cada dia - as possibilidades infinitas de prazer cada vez mais adentravam e o desejo cada vez mais se aflorava... Eis o despertar!
Acontecera como se as mãos em certo momento não dessem mais conta da imensidão de seus corpos, e os lábios e as línguas buscavam acompanhar e auxiliar...Já se desvendavam profundamente. Sem ninguém lhes contar, desconhecendo ao certo as denominações, experimentaram sexos distintos.
Não poderia ser diferente a “primeira vez” de fato, depois de tantas outras primeiras vezes... Foi de maneira tão natural quanto. No tempo certo - fazia cerca de dez meses que se enamoravam. As preliminares já se consumiam...
A oportunidade surgiu em uma viagem, onde uma dúzia de amigos alugou uma casa na praia...Nem se incomodaram com as pessoas... Só havia os dois naquele momento.
Apesar da intimidade, não se pode negar que há sempre uma expectativa considerável sobre a ocasião tão explanada e aguardada.
“Brincavam”, como sempre, com o fogo a arder suas peles e derreter-lhes em suor e saliva. Não era mais o desejo que se pronunciava, era a necessidade...
Necessidade de se entregar inteiramente, de se deixar penetrar...
Quase tentando disfarçar suas intenções, ambos concordaram em se proteger para poderem ficar mais a vontade, e evitar qualquer “acidente”. Ao fazer isso, a “inocente brincadeira” acabou chegando onde queriam e onde já esperavam...
Ela já estava habituada com estímulos e semi-penetrações, se é que podemos chamar assim...Já estava aquecida e, ao notar o que estava acontecendo, foi difícil compreender a sensação, pois não era nova... Já havia sentido algo semelhante outrora.
Ela não sentiu dor alguma... E pensou: - É isso?! - É acerca disso que fazem tanto alarde?
Não era coisa de outro mundo... Na verdade, na hora se lembrara do oral, que lhe era muito prazeroso. Com o choque momentâneo, com aquelas questões vindo a mente: - Quer dizer que agora ao me perguntarem se sou virgem, vou dizer que não mais apenas por isso? Ela realmente pensava que este acontecimento iria mudá-la completamente! Mal sabia a pura que essas mudanças já haviam lhe sucedido.
Pararam antes de chegar lá. Ela não se conformava com tanta simplicidade e naturalidade. Acreditava mesmo que a penetração iria ser o auge, que sentiria algo que nunca imaginara sentir. Mas sem perceber ela já era experiente de outras maneiras e, mesmo menina, já sabia do que gostava e de como gostava.
Ao passar o período de reflexões, houveram outras tantas vezes que foram sem duvida muito melhores. Não porque relaxaram mais, afinal, esse assunto nunca os deixou tensos... Mas porque agora que sabiam o que esperar, era preciso explorar as novas possibilidades de prazeres... Até o namoro chegar ao fim quando completara um ano e dois meses.
E então vieram suas segundas vezes e terceiras... com segundos e terceiros namorados...
Mas as primeiras vezes são diferentes, tem um toque de magia junto à inocência que escorre pelas mãos e... por outras partes do corpo. Mais especial ainda quando se trata da primeira vez dos dois e quando estes estão em total sintonia sobre o que querem pra si e para o outro naquele momento - A paixão e o carinho tornaram todo o processo especial, como se soubessem o que esperar um do outro e como se soubessem que permaneceriam ligados por essas memórias primeiras.


Por Artemísia

2 comentários:

  1. Eiita.. ^^

    Ficou lindo! Bem harmonico.. legal que tua experiencia foi bacana!

    Beijos!

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  2. Adorei a forma que foi contada parece um conto, quase de fadas, e a senhora é bem emancipadinha né.

    Adorei!!!

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