sexta-feira, 23 de abril de 2010

Um novo céu


Não era a primeira vez que se viam, mas era a primeira que se tocavam, há muito tempo esse desejo nascera da mais íntima parte daqueles corpos, ele pulsava num ritmo frenético enquanto ela sentia um frio sensual e cortante que vinha da sua nuca.

Se conheciam há um bom tempo, aliás melhores tempos da vida de qualquer pessoa, a faculdade, lugar onde todas as emoções acontecem e todos os pensamentos se confundem.

E dessa vez o sentimento estava bem confundido, eram amigos, ele para ela era seu braço esquerdo e um pouquinho do direito, sempre conversavam, todas as dúvidas e questionamentos sobre o mundo, o futuro, e o nada eram dialogados pelos dois. Eram unha e carne e conforme o tempo passava ela se tornava, para ele, mais carne do que unha.

Ela ainda era muito ingênua, embora tivesse a malemolência que toda mulher tem quando o assunto é prender uma isca por uma teia de sedução tão fina e discreta.



Tudo começou quando a turma do trabalho resolveu esticar o fim de semana, seguido de feriado na segunda, em uma chácara de um amigo.

Eu não estava muito animada, havia acabado um namoro há pouco tempo e me recuperava aos poucos. O Gui era meu amigo pra toda hora, desde a faculdade estávamos sempre juntos, ele era um grande parceiro, só que de uns tempos pra cá havia mudado um pouco, não falava muito comigo e estava um pouco distante.

No domingo, a festa foi até altas horas, todos beberam e se divertiram bastante, eu fiquei um pouco mais recolhida e não bebi quanto aos demais, dormi em um quarto que havia no segundo andar da casa, o quarto era mais um escritório, mas como quis ficar um pouco mais reservada, me deitei no sofá que tinha por lá. Consegui uns lençóis e travesseiros e facilmente peguei no sono.

Estava com um sono leve, sempre acontece quando você dorme em lugares desconhecidos, de repente ouvi um barulho da porta se abrindo e por impulso resolvi ficar quieta e fingir que estava dormindo.

Senti alguém se aproximar de mim, fiquei nervosíssima, mas continuava com os olhos fechados, algo parecia inofensivo e resolvi seguir meus sentidos.

De repente senti alguém levemente tirar o lençol que havia por cima do meu corpo, isso sutilmente me excitou, resolvi continuar a brincadeira.

Alguém ficou parado, olhando para meu corpo que estava coberto por um leve vestido florido que usava pra dormir e que, como havia me mexido muito, estava levantado mais do que devia e mostrava minha calcinha de renda.

De repente sinto lábios me beijarem as coxas e me mexi, queria continuar a brincadeira, aquele medo me excitava cada vez mais.

Então inusitadamente alguém com a mão toca minha calcinha e beija minha intimidade, isso me provocou um frio na espinha que quase não conseguia controlar. Eu já estava um pouco ofegante e totalmente envolvida com aquele momento, então sinto uma língua me penetrar profundamente e solto um gemido, aquela língua continuava a me penetrar e descobrir cada centímetro de mim, eu gemia, mas não abria os olhos, não queria acordar, e se fosse um sonho?

A pessoa me percorria vorazmente, com uma sede que eu nunca havia sentido antes, e aquele ritmo ia ficando cada vez mais frenético e prazeroso, me retorcia em gemidos e cheguei ao clímax total, o gozo me fez estremecer toda e resolvi abrir os olhos.

Para meu total espanto era o Gui, mas como assim? Perguntei a ele, e ele com feições de prazer em seus olhos apenas me agarrou e me beijou. Não estava entendendo nada e retribuí o beijo, então ele me ergueu e tirou meu vestido me despindo por total e começou a me beijar nervosamente, percorreu todo o meu corpo, com uma velocidade que me deixava atônita eu gemia cada vez mais de prazer. Então ele me ergueu e me sentou em uma mesa que havia no quarto onde estávamos, bruscamente abriu minhas pernas e me penetrou, senti um prazer do início ao fim, aqueles olhos vorazes não paravam de me olhar e ele segurava minha nuca enquanto gemia ao meu ouvido.

Resolvi entrar na brincadeira, afinal “tá na chuva é pra se molhar”, e também o provoquei dando leves mordiscadas em sua orelha, ele inspirava fundo e me penetrava devagar como se não quisesse que aquilo parasse, o prazer era total, gemíamos baixinho, não satisfeito ele me ergue novamente e me deixa em pé em frente a janela, me vira de costas, acaricia meus seios e me penetra novamente, não agüentei por muito tempo e tive o melhor gozo da minha vida. Ele continuava e me pressionava contra o vidro da janela que revelava uma noite fria e chuvosa. Ele continuava me penetrando e puxando meus cabelos, soltou um gemido final na minha nuca, novamente atingi um clímax total.

Ficamos ali parados por um bom tempo, olhando para noite não queria me virar e ver que o homem que eu estava abraçada era meu melhor amigo. Algo dentro de mim gritou, mas porque não? E como um estalo virei e o beijei vorazmente, não falamos nenhuma palavra, nos vestimos e segurando minha mão ele pediu com os olhos que eu o acompanhasse, fomos para fora da casa, todos dormiam e uma fina garoa caía do céu.

Na lateral da casa havia uma pequena trilha que levava a uma pequeno riacho, ele segurando minha mão me conduziu até chegarmos lá, nunca o silêncio foi tão confortante, nada precisava ser explicado, aquele estranho amante era um conhecidíssimo amigo. Chegamos ao riacho, as árvores se balançavam e nesse mesmo compasso ele me agarrou mais uma vez e me tirou a roupa, dessa vez não fiquei parada e também o despi, e então ele acariciou meus seios, me beijou, me penetrou, dessa vez por trás, nada incomodou aquele momento que era motivo de tanta reclamação nos relacionamentos anteriores, estava sendo completamente prazeroso, urrei de prazer e olhei para lua e os pingos da chuva me molharam e naquele misto de calor dos corpos e gelidez da noite me deliciei do melhor sexo que já me proporcionaram.

Voltamos para a chácara e em total silêncio fui para o meu quarto e ele para o seu. Nada me passava pela cabeça, nenhuma dúvida, lamento, estranheza, nada, simplesmente nada!

Voltamos de viagem no final da manhã, durante todo o percurso apenas nos olhávamos e trocávamos leves sorrisos.

Apenas me questionava como nunca olhei para o Gui dessa forma? Como perdi por tanto tempo a chance de me sentir plena? Sempre sereno, ele sabia, por me conhecer tanto, a melhor hora e a melhor forma de fazer maravilhas em minha vida.

Nesse momento estou em casa, como nenhuma palavra foi mencionada, resolvi escrever sobre tudo isso, nunca senti tanto prazer, e logo assim inesperadamente.

Meu telefone agora toca, é o Gui, o que será que vou ouvir?



Por Mandrágora

4 comentários:

  1. aaaaaaaaMMMMMMMEEEEEiiiiiiiiiiii o texto, nossa parece cena de filme ! kkkk

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  2. Meu Deulss!! é maravilhoso ter amigo pra essas coisas!!!!rsrsrrsrs... Adoro amiguinhos que satisfazem qualquer coisa!!!!kkkkk
    Papoula Vermelha

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  3. EEEEEEEEEI! GOSTEI MUITO!
    Acho que vc captou o sentido do CONTO!

    Muito bom, muito envolvente!!!!

    Amigos, amigos! KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

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